Em plena economia de guerra, servidores da prefeitura querem 22% de aumento. Mas, Secretário da Fazenda não descarta rediscutir o assunto.

Vereeadora Sônia Tonin  acompanha a reunião, assistida de perto pelo presidente do sindicato, Mauro Cirino. 

Prefeitura e Sindimmar discutem acordo coletivo

A Prefeitura Municipal, através das secretarias da Administração e Fazenda e o Sindicato dos Servidores Públicos de Marília (Sindimmar), se reuniram, no auditório da Prefeitura para a discussão sobre o acordo coletivo dos cerca de 5.300 serventuários, com data base em 1º de abril.

Diante da reivindicação de 7% de reajuste referentes à inflação dos últimos 12 meses mais 15% de aumento real apresentada pela entidade sindical, os secretários Sérgio Moretti, Fazenda e Marco Antonio Alves Miguel, Administração, apresentaram as dívidas relacionadas à folha de pagamento e a impossibilidade de atender a solicitação da categoria diante da crise financeira herdada.

“Estamos vivendo uma economia de guerra. Diante da dívida, teremos um ano difícil. Precisamos segurar agora, para que 2014 tenhamos um ano muito melhor”, comentou o secretário da fazenda, Sérgio Moretti.

Segundo ele, 59% da receita da Prefeitura estão comprometidos com a folha de pagamento dos servidores, acima dos 54% permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Realidade que inviabiliza legalmente e no momento, qualquer tipo de aumento.

Conforme explicou o secretário de Administração, Marco Antonio Alves Miguel a Administração está tomando algumas medidas como forma de conter as despesas e readequar as contas da Prefeitura. “Temos 320 serventuários à disposição de entidades, que deverão voltar a seus cargos de origem. Uma medida que vai regulamentar as funções e diminuir os custos. Não queremos demitir ou mexer na escala dos serventuários, e sim manter a demanda, mas para isso é preciso cortar alguns excessos. Parece pouco, mas são pequenas medidas que começam fazer a diferença”, disse.

Diante da expectativa de uma melhora na arrecadação municipal, mesmo que de maneira gradativa, a Administração propôs à entidade sindical que o acordo coletivo volte a ser discutido daqui a três ou quatro meses.

Até o ano passado, a data base da categoria era 1º de junho e foi alterada pelo prefeito da época, para abril. Mudança, que segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marília, Mauro Cirino, prejudicou o andamento das negociações. “Quando a data base foi mudada prevíamos que a Administração teria dificuldade no tocante a arrecadação, uma vez seriam apenas quatro meses. Agora a situação está aí”, comentou.

De acordo com ele, nova assembléia será realizada na próxima terça-feira, às 18h30, em local ainda a ser definido, para colocar a proposta da Prefeitura aos servidores. “Esperávamos que a Administração sinalizasse com algum índice, mas vamos discutir a situação com os servidores”, comentou.





Fotos Wilson Ruiz

Assessoria de Imprensa