GRIPE : Mesmo com prorrogação, campanha tem baixa procura

            A Campanha Nacional de Vacinação Contra Influenza 2012, que foi prorrogada pela quarta vez no dia 15 para ampliar a cobertura vacinal e proteger a população mais vulnerável a complicações da doença - que pode evoluir inclusive para óbito - imunizou nos cinco últimos dias 191 pessoas.

Até esta quarta-feira (20), em Marília, a cobertura atingiu 73,7% da população estimada. Foram imunizadas 28.967 pessoas que pertenciam aos grupos prioritários da Campanha, que iniciou em 5 de maio. A imunização prossegue até 29 de junho. A cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é de pelo menos 80% da população estimada.

            A Vigilância Epidemiológica da SMS (Secretaria Municipal da Saúde) recomenda que as pessoas que pertencem às populações-alvo devem aproveitar a oportunidade para imunizarem-se em qualquer uma das 44 unidades de Saúde – 31 USFs (Unidades de Saúde da Família), 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e a Clínica Família Saudável.

As unidades disponibilizam a vacina contra Influenza, que além proteger contra gripe comum, também imuniza contra a gripe por H1N1. As USFs e Clínica Família Saudável funcionam das 7 às 17 horas, e as UBSs das 7 às 18 horas.

A vacinação contra gripe é voltada a pessoas com 60 anos ou mais, mulheres grávidas em qualquer período gestacional, crianças com idade entre 6 meses a 2 anos incompletos (23 meses e 29 dias) e os trabalhadores da Saúde que atendem pessoas com gripe, considerados grupos de maior vulnerabilidade às complicações e morte decorrentes de gripe.

Além disso, a SMS vem realizando a imunização de pessoas com doenças ou condições crônicas, que tem orientação médica para a vacinação, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Programa Nacional de Imunização. Foram imunizados 2.876 pessoas deste grupo.

De acordo com levantamento realizado pela Vigilância Epidemiológica, foram imunizadas contra gripe 2.956 crianças menores de 2 anos (73,20%). No grupo de gestantes, a cobertura atingiu 42,66% da população estimada, sendo vacinadas 1.189 mulheres. Os trabalhadores da Saúde alcançaram a cobertura de 98,83%, sendo imunizados 3.802 profissionais. Foram vacinados 21.020 idosos no período, atingindo a cobertura de 73,42% da população estimada.

A população a ser vacinada contra gripe em Marília era de 39.301 pessoas, sendo 28.629 idosos, 4.038 crianças, 2.787 gestantes e 3.847 trabalhadores da saúde.

            Para a supervisora de Vigilância Epidemiológica, Rachel Santana Ramirez, as equipes de Saúde vêm realizando trabalho ativo de orientação as pessoas para incentivar a vacinação das populações-alvo, que são mais vulneráveis às complicações decorrentes de doenças respiratórias.

“No lançamento da Campólio (Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite) as pessoas aos grupos de risco que foram até as unidades de Saúde levarem as crianças menores de 5 anos para vacinação contra a paralisia infantil foram abordadas para aproveitar a ocasiãoe vacinarem-se contra gripe”, afirma. “Este trabalho continua sendo realizado pelas equipes até 29 de junho”, ressaltou.

            “Começou o inverno, estação de ano que favorece a transmissão de doenças respiratórias. Por isso a importância de estes grupos serem imunizados. Quem não faz parte do grupo, mas têm familiares ou amigos que pertencem à população-alvo e ainda não foram imunizados deve incentivá-los a tomarem a vacina, para prevenir casos de gripe ou complicações decorrentes dela, como pneumonia”, afirma a supervisora.

Rachel alerta os pais ou responsáveis que as crianças que receberam a vacina contra gripe pela primeira vez neste ano, necessitam tomar a segunda dose para ficarem devidamente imunizadas.

As crianças deverão tomar a segunda dose da vacina 30 dias após a aplicação da primeira dose da vacina. Por isso, é preciso estar atento à data de retorno agendada pela unidade de Saúde para completar o esquema de imunização.

PREVENÇÃO

            A campanha de vacinação tem como estratégia vacinar o maior número de pessoas suscetíveis no menor espaço de tempo possível, com o objetivo de reduzir a transmissão da gripe e diminuir a incidência de complicações respiratórias e óbitos nas pessoas mais vulneráveis. Além disso, existem outras medidas preventivas simples - comprovadamente eficazes - que devem ser adotadas pela população.

As pessoas têm de manter as mãos sempre limpas, ou seja, lavá-las com água e sabão mais vezes durante todo o dia ou fazer uso de álcool gel a 70%; manter os locais arejados e ventilados e com maior exposição à luz do sol, assim como proteger a boca com lenço de papel descartável, e sempre lavar as mãos após tossir ou espirrar.

Pessoas com sintomas de gripe devem evitar locais com aglomeração de pessoas.

A supervisora afirma que as pessoas têm que ficar atentas aos sintomas das doenças respiratórias, como febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar associada à dor de cabeça, dor no corpo ou nas articulações. Na presença de alguns desses sintomas, a pessoa deve procurar atendimento na unidade de Saúde, e evitar a automedicação.

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“Geralmente, os sintomas da gripe duram até cinco dias. Porém, se houver persistência ou agravamento da febre, dispnéia associada à dor de cabeça, dor no corpo ou dor nas articulações, ela pode evoluir para uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (pneumonia, por exemplo), com necessidade de internação.

Rachel comenta que 2009 o vírus H1N1 foi responsável pela pandemia, ou seja, a uma epidemia de proporções globais, sem interrupção da cadeia de transmissão, em vários países. Com o adoecimento de muitas pessoas ao mesmo tempo e a vacinação em massa no ano seguinte, a cadeia de transmissão foi interrompida.

A OMS passou a considerar a gripe causada pelo H1N1 como sazonal desde agosto de 2010 – ele continua em circulação como os outros subtipos de Influenza.

No Brasil, a partir de 2011, o componente H1N1 foi incorporado à vacina utilizada nas campanhas nacionais de vacinação contra gripe, cujos públicos-alvo são as populações mais vulneráveis às complicações por doença, ou seja, crianças de 6 meses e menores de 2 anos, os idosos (60 anos ou mais) e gestantes..