HEPATITES
Saúde realiza capacitação da Rede Básica Municipal
A
Prefeitura de Marília, por meio da SMS (Secretaria Municipal da Saúde),
realizou na manhã desta quinta-feira (18) capacitação de enfermeiros e
enfermeiras da Rede Básica – 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), 31 USFs
(Unidades de Saúde da Família) e a Clínica Família Saudável –, Cerest (Centro
de Referência em Saúde do Trabalhador) e SAE (Serviço de Atendimento
Especializado em Tratamento de DST/Aids e Hepatites) sobre hepatites.
De
acordo com o coordenador do Programa Municipal de Prevenção às DSTs (Doenças
Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites, Bóris Ribeiro de Magalhães, a
capacitação foi necessária para as equipes de Saúde acolherem melhor o usuário
da Rede e estarem mais atentas aos pacientes.
“As
hepatites são doenças transmissíveis que aparecem de maneira silenciosa e
quando se manifestam podem levar o paciente a óbito. Nem sempre as pessoas
estão atentas a elas, por isso uma melhor abordagem, um trabalho mais ostensivo
de orientação sobre estas doenças se tornam imprescindíveis nas unidades de
Saúde”, argumenta Magalhães.
O
coordenador explica que as pessoas hoje estão mais atentas a outras doenças
transmissíveis, como a Aids, e deixam em segundo plano as hepatites. “As hepatites
são doenças assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas e agem de maneira
silenciosa sobre o organismo e sua manifestação quando ocorre pode evidenciar
um quadro clínico grave para o paciente. É preciso mudar este panorama. Hoje há
vacinação contra hepatite B, mas muitos não estão atentos ou procuram a unidade
de Saúde para serem imunizados, ou mesmo buscam o serviço para realizarem
testes para saber se as têm ou não”, afirma.
CAPACITAÇÃO
A
qualificação da Rede Básica contou com a apresentação de profissionais que
atuam na área. A diretora do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) da DRS
(Direção Regional de Saúde) de Marília, Fátima Salgado, falou sobre a Situação Epidemiológica das Hepatites no
Estado de São Paulo.
O
médico infectologista da GVE, Dr. Flávio Trentin Trancoso, expôs aos
participantes sobre Os Aspectos Clínicos
das Hepatites Virais.
A
responsável da Vigilância Epidemiológica da SMS (Secretaria Municipal da Saúde),
Marlene Aparecida Rett Ferreira apresentou o trabalho sobre Vigilância em Hepatites e o Sinam (Sistema de Notificação) para doenças transmissíveis e seus agravos.
A
gerente do SAE, enfermeira Aparecida Michelon de Almeida, abordou o Acolhimento de Pacientes com Hepatites e o Uso
do Medicamento Interferon para o tratamento da doença, seus custos ao
governo, e reações adversas ao organismo.
DOENÇA
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima uma população de 560 milhões
de pessoas vivendo com hepatites no mundo. No Brasil estima-se que em torno de
5 milhões de pessoas estão vivendo com a doença, mas apenas 150 mil são
diagnosticadas.
Em São Paulo, o CRT (Centro
de Referência e Tratamento) notificou 4.164 casos de Hepatites Virais com
predominância nos homens, e em Marília de 2010 a 2012 foram
notificados 274 novos casos Hepatites. Por isso o teste para diagnostico das
hepatites é de fundamental importância para o tratamento da doença cujos
medicamentos são fornecidos pelo SUS.
A
vacina contra a hepatite B está disponível nas Unidades de Saúde. E as
estratégias de controle da doença se pautam em campanhas vacinação da Hepatite
e tratamento dos casos notificados, e a produção de material educativo para
população geral e seus grupos de maior vulnerabilidade.
O coordenador
informa que o governo federal propôs o Plano de Ações e Metas para Hepatites
Virais no intuito de planejar e financiar ações de promoção e prevenção em
hepatites. “A capacitação da Rede Básica Municipal é uma das estratégias que
adotamos no município para ampliar a promoção e orientação de informações e a
prevenção da doença na população”, finaliza.
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