Mulher foi atingida de raspão e outros dois homens escaparam ilesos do ataque
Apontado pela polícia como um dos principais traficantes da zona oeste da cidade já há alguns anos, o autônomo Paulo Valdevino de Medeiros, 41, mais conhecido como “Palito”, foi baleado em um bar em um possível acerto de contas e está entre a vida e a morte. O atirador, que já teria sido identificado, ainda atingiu de raspão a comerciante Luciana de Oliveira Massolari, 38. Outros dois homens escaparam ilesos do ataque, ocorrido na noite de quinta-feira na Vila Coimbra.
De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 22h30, Palito jogava cartas com os amigos Paulo César Pereira da Costa, 41, e Clodoaldo Veríssimo dos Santos, 42, no cômodo dos fundos do estabelecimento, localizado na rua Joaquim Carlos Coimbra, e eram observados por Luciana.
Entretidos na partida, o quarteto não viu quando um homem se posicionou do lado de fora do bar. Armado com uma pistola calibre 380, o suspeito se aproveitou que uma das paredes foi construída com tijolos vazados, posicionou a arma e atirou até que suas balas acabassem. Em seguida, fugiu sem que fosse visto pelas vítimas ou testemunhas, que chamaram a polícia e o socorro.
Suspeitas de estarem feridas com várias perfurações de balas, as quatro pessoas foram socorridas por uma ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e duas unidades de Resgate do Corpo de Bombeiros. Todos foram levados ao Hospital das Clínicas.
Segundo a assessoria de imprensa da instituição, Palito foi alvejado no tórax e na cervical. Ele passou por cirurgia na manhã de ontem e em seguida foi encaminhado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Seu estado de saúde é grave e pode perder o movimento das pernas, além ainda de correr risco de morte.
Já Luciana foi atingida de raspão no tórax, passou a noite no Pronto-Socorro, porém com quadro clínico estável, ela recebeu alta no período da tarde. Paulo César e Clodoaldo foram submetidos a exames e radiografias e ficou constatado que eles não sofreram nenhuma perfuração. Ambos foram liberados pela manhã.
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Veja o infográfico da notícia.Enquanto eram socorridas ainda no local, as vítimas informaram aos policiais que não conseguiram identificar o autor dos tiros. Peritos do IC (Instituto de Criminalística) estiveram no bar e recolheram 15 cápsulas e nove cartuchos de calibre 380. Também foram apreendidos R$ 350 em dinheiro e um veículo Ford Ecosport pertencente a Palito.
A Polícia Militar fez diversas buscas na região, entretanto nenhum suspeito foi preso. A identidade do atirador, no entanto, teria sido descoberta ontem à tarde, porém a informação não foi confirmada pelas autoridades. O caso foi registrado no Plantão Policial. O 1º DP, em parceira com a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), instaurou inquérito policial para apurar as tentativas de homicídio.
A desconfiança de que o crime tenha sido motivado por um acerto de contas referente ao tráfico de drogas e que o alvo do atirador era exclusivamente Palito. As demais vítimas só estariam “no lugar errado, na hora errada”.
Segundo apurou o Jornal Diário, Palito seria o líder do comércio de entorpecentes no Argolo Ferrão, uma das principais bocas de fumo da zona oeste. Foi na favela do bairro que, em março de 2011, ele foi flagrado pela Polícia Militar com pinos de cocaína e com a contabilidade do esquema após uma denúncia anônima.
O processo foi julgado em outubro do ano passado e o autônomo foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado, mesmo tempo que seu comparsa, Cristiano Novaes, o “João Grilo”. Palito ainda respondia por receptação de produtos furtos nesse caso, porém acabou absolvido por falta de provas.
Em 2010, quando já era apontado como homem forte do tráfico da região oeste, Palito foi preso pela PRE (Polícia Rodoviária Estadual) com 77,5 quilos de maconha pela SP-294 (Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros), em Garça (35 km de Marília).
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