Especialista na área, o médico veterinário, Dr.
Ricardo Cavichioli Scaglion, fez um alerta muito importante à população,
durante entrevista concedida ao Jornal Cidade/Marília Agora.
Segundo o Dr. Ricardo, a infestação de gatos
no bosque municipal ali abandonados e que já foram tema de denúncias, pode
causar risco de grave contaminação de doenças nos frequentadores.
Mulheres, mulheres gestantes e crianças
estão entre os alvos principais dessas
doenças, alertou.
Hoje, o bosque municipal é uma das regiões
mais frequentadas em Marília, sobretudo nos finais de semana,recebendo visitantes
da cidade e até da região.
Mas, o perigo iminente de doenças advindas
dos animais, em especial, os gatos, pode gerar um esvaziamento do local, até em
respeito ás próprias pessoas, diante do quadro de alerta que o Jornal Cidade,
com exclusividade, noticia.
Segundo o Dr. Ricardo, o impacto da
permanência dos gatos reside justamente na manutenção do foco de infestação e
posterior contaminação daqueles que por ventura estiverem em contato permanente
com as possíveis áreas contaminantes.
Segundo o Dr. Ricardo, para evitar esse
problema grave de saúde pública, podem
ser feitas várias coisas, dentre elas a captura dos animais, para posterior
exame clínico, identificação dos animais contaminados, e adotar o procedimento técnico padrão, por se
tratar de uma doença de notificação obrigatória, proceder o sacrifício dos
animais contaminados (vetores) e tratamento sanitário (castração, vacinação e
vermifugação) dos demais para serem submetidos a adoção (posse responsável).
Dr. Ricardo denuncia que o setor de zoonoses
da prefeitura parece não estar atuando a contento. Ele diz : creio que não,
pois, o fato perdura há anos, e vem aumentando significativamente diante da
quantidade de animais existentes no interior do bosque. Também pelo fato de não
haverem tomado quaisquer medidas pertinentes a intensificação da fiscalização
aos arredores do bosque, comenta.
Perguntado se outros tipos de doenças
derivadas dos animais tem tambem causado preocupações, como toxoplasmose,
leshimaniose, dentre outras, na cidade, de um modo geral, diz que sim. Todas
são preocupantes, mas a toxolpasmose em questão merece destaque,pois é perigosa
e pode trazer vários danos as crianças e as mulheres gestantes, inclusive de
problemas neurológicos, analisa.
Caramujos africanos
Um outro tema levantado pela reportagem do
Jornal Cidade diz respeito a infestação de caramujos africanos na década de 90
e que se proliferaram pelo município. O Dr. Ricardo ressalta que pelo que pude
acompanhar houveram equipes destinadas a combatê-lo, no entanto trata-se de uma
espécie hermafrodita que se prolifera rapidamente e em grande quantidade, sendo
muito resistente e se adaptando as condições ambientais, encontrando alimento e
abrigo fácil, o que dificulta o seu controle.
O especialista salienta que no entanto,
embora não esteja sendo muito divulgado a sua situação creio que deva haver uma
manutenção periódica, pois o mesmo pode também transmitir inúmeras doenças aos
seres humanos de significativa gravidade.
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