Quem olhasse aquele menino no colo do pai,
em foto de 1983, aos 3 anos de idade, não imaginaria que se transformaria em um
dos políticos da cidade, senão o primeiro,
a ter sucesso precocemente. 18 anos depois, elege-se deputado estadual,
o mais jovem da história da Assembléia
Legislativa paulista. Logo, reeleito e chega ao terceiro mandato, na condição
de vice –líder do governador mais popular de São Paulo em todos os tempos,
Geraldo Alckmin. Vinicius como gosta de ser chamado para marcar sua identidade
e diferenciar a caminhada política do pai, Abelardo Camarinha, que foi seu
mestre e com quem aprendeu as grandes lições da vida, aprendeu com a derrota de
2008, a revisar os erros, e a dar a volta por cima. Hoje, se pesquisa fosse
feita entre pré-candidatos seu nome estaria entre os corredores da ponta. 2008
foi um martírio, sim. Seu discurso aos correligionários nas dependências do QG
da campanha, na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, chegou a fazer chorar muita gente. Inclusive,
o próprio Vinicius que vencedor na vida, nunca antes experimentara uma derrota
tão amarga. Só superada pela perda do irmão Rafael, inigualável e incomparável,
assassinado anos antes em ato de covardia, até hoje não desvendado. Hoje,
Vinicius, mais maduro ainda, aos 32 anos, pode repetir a façanha do pai e
tornar-se também prefeito de Marília com a mesma idade. Como o foi Abelardo
Camarinha, na ocasião, nas eleições de 1982.
A vantagem de Vinicius é que além de boa praça, autêntico, humilde, sai
na frente com 40 mil votos, que foi a votação que teve para deputado em
Marília. O que vem depois é consequência de costuras e apoios políticos.
Sabidamente, a experiência da vida trouxe-lhe lições. Conhece os problemas de
Marília e tem no pai, o GPS para
identificar as grandes questões da cidade e o que fazer para resolve-las. Vinicius, é claro, tem uma grande carreira
pela frente, ao menos, mais 9 mandatos de deputado pela frente. Porém, quer
dedicar-se mais ao povo de Marília, aliviar a dor da gente sofrida da
periferia. Sabe que terá de abdicar uma carreira vitoriosa, até uma possível
pré-candidatura a vice governador, em 2014, posto que na condição de um dos
deputados mais populares da Assembléia, tornar-se seu presidente e credenciar
com cacife para a vice-governança é um pulo.
Mas, acredita que Marília precisaria mais dele, agora.
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