Em
datas comemorativas, como o Dia das Mães, a sobrecarga de trabalho dos
comerciários aumenta. Apesar de haver uma elevação nas contratações temporárias
para o comércio, o quadro de funcionários formado pelas lojas ainda não é
suficiente para suprir a demanda de procura dos clientes.
“O excesso de jornada duplica nesses dias.
Já demos autuações Brasil afora em que se constatou mais do que 70 horas de
trabalho semanal”, revela o presidente da Confederação Nacional de
Trabalhadores do Comércio (CNTC), Levi Fernandes Pinto.
Na ânsia por garantir a clientela e obter
mais lucros, as empresas repassam aos funcionários o ônus da extensão do
período de funcionamento. De acordo com pesquisa do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), os comerciários trabalham
em média 53 horas semanais, enquanto a jornada oficial de trabalho é de 44
horas.
Pereira, vendedor de uma loja de materiais
de construção e decoração, que trabalha há 23 anos como comerciário, lembra que
na época em que iniciou na profissão as condições de trabalho eram melhores,
porque não se trabalhava aos domingos nem aos feriados, e nos sábados as lojas
funcionavam até as 13 horas apenas. “Com o passar do tempo, a demanda acabou
obrigando as lojas a atenderem em um horário diferenciado. Antes fechava cedo,
agora às 22h. No domingo não abria, agora abre. E a carga de trabalho foi só
aumentando”, relata.
Ainda, segundo o presidente da CNTC, Levi
Fernandes Pinto, em alguns segmentos do comércio trabalhadores acabam excedendo
60 horas semanais de trabalho. “Os comerciários de supermercados e os de
shoppings são os mais penalizados. Estes, com certeza, chegam a 60 ou até um
pouco mais do que 60 horas, porque é muito comum trabalharem de segunda a
domingo”, afirma. Fonte : Brasil de
Fato.
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