DESPERTAR É PRECISO
Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e
não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos
a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não
dissemos nada, Já não podemos dizer nada.
(Obs: O poema não é de Vladimir Maiakóvski)
Eduardo Alves da Costa
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