Fizemos em 76 dias mais do que foi feito nos últimos anos, aponta Giaxa, diretor do Daem, ao comparar sua gestão com anteriores

Em Semana da Água, Daem aponta dificuldades e soluções para a falta d´àgua

Em 76 dias de Administração, o diagnóstico traçado pelo Departamento de Água e Esgoto (DAEM) e feito a pedido do prefeito Vinícius, aponta para uma situação crítica, não somente de falta de água – um problema crônico que se arrasta há anos -, mas em relação a um déficit financeiro que compromete a prestação do serviço.

Diante desse quadro, em menos de três meses, medidas de contenção já foram tomadas para readequar as contas da autarquia e projetos foram elaborados para minimizar a falta de água, em pontos distintos da cidade. “A pedido do prefeito Vinícius, em 76 dias, já fizemos muito mais do que foi feito nos últimos anos”, destacou o diretor Executivo do DAEM, Manoel Francisco Giaxa.

Levantamento do DAEM revela que dos 76.148 contribuintes, 52.166 pagam pela água, e 17.982, entre comércio e indústria, ignoram a cobrança pelo serviço, o que reduz a arrecadação que deveria ser cerca R$ 4,2 milhões para R$ 2,9 milhões.

Até que tal situação se resolva, como medida de contenção a autarquia cortou as horas extras, gerando uma economia de R$ 240 mil mês, retirou de circulação transporte que atendia um número pequeno de funcionários, diminuiu as gratificações de 92 para  20  e os gastos com telefones coorporativos. “Com isso conseguimos congelar o déficit de R$ 7 milhões. Todas essas medidas foram necessárias para colocarmos a casa em ordem” comentou.  

Projetos - Através de uma forte parceria entre o chefe do Executivo e o governado do Estado, o município conseguiu o compromisso do governador Geraldo Alckmin de repassar para Marília, recursos para a perfuração de dois poços com capacidade de captar 15 milhões de litros dia, cada, nos distritos de Padre Nóbrega e Lácio.

Além disso, nos primeiros dias da gestão Vinícius/Sérgio Sobrinho, em visita ao município, o governador reforçou a parceria para construção de mais um poço profundo e uma rede adutora no Vale do Barbosa com reservatório na Vila São Miguel e que deverá melhorar o abastecimento no centro e zona Norte. Para este projeto são necessários R$ 8 milhões de investimentos.

De acordo com o Giaxa, a orientação da Administração é para que o problema da falta de água seja combatido de forma prioritária, a começar pelos bairros que mais sofrem a queda no fornecimento. Por conta disso, a administração já aprovou o projeto elaborado e orçado pelo DAEM que visa minimizar o problema da falta de água em pontos críticos do Jardim Santa Antonieta, zona Norte da cidade. O projeto prevê a construção de uma caixa de captação nas proximidades da barragem do Ribeirão dos Índios e uma rede adutora de aproximadamente mil metros de comprimento até o reservatório do Jardim Santa Antonieta, onde será instalada uma Estação de Tratamento Compacta, com capacidade de vazão de 100 mil litros de água/hora, o suficiente para abastecer 2.500 residências.

A obra orçada em R$ 600 mil deverá ser executada com recursos dos cofres públicos municipais, ainda neste semestre, diminuindo de forma imediata um problema crônico do bairro. “A elaboração do projeto em menos de três meses da gestão atual, mostra a preocupação do prefeito Vinícius e sua equipe de resolver a questão da falta de água no município. De acordo com os cálculos de vazão, essa solução emergencial poderá socorrer também o distrito de Nóbrega, se for o caso”, explicou.

Conforme ressaltou o prefeito Vinícius Camarinha, nos últimos anos não houve investimentos público na captação de água, e a população sentiu os reflexos desse descaso na pele. “Na nossa gestão esse problema já está recebendo uma atenção especial”, concluiu.